6 dicas para gerir o tempo de ecrã do seu filho

6 dicas para gerir o tempo de ecrã do seu filho

Durante o ano letivo, é difícil o seu filho ter vontade de estudar porque há demasiados estímulos disponíveis. No verão, sem o peso dos testes e sem hora de deitar, pode ser difícil redirecionar a atenção do seu filho para outra coisa que não o smartphone, a consola ou o computador.

É difícil encontrar um balanço entre 1. esconder-lhe todos os ecrãs e tirar-lhe aquilo que, para ele, é a única fonte de prazer da vida e 2. deixá-lo perdido no mundo virtual.

Não há livro de instruções e pode sempre consultar um psicólogo, terapeuta ou outro profissional que o ajude a lidar com tudo da forma mais saudável possível. No entanto, o ExplicaMais deixa-lhe algumas dicas que o podem ajudar.

1. Compreenda a ciência por detrás do ecrã

Quando o seu filho está a ver um filme, a jogar um jogo, ou nas redes sociais, está a receber dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer. Está no “mundo dele”, sente-se bem e não quer fazer mais nada. Quando lhe desliga o ecrã repentinamente, os níveis de dopamina no corpo caem rapidamente e sem aviso, o que o deixa num estado semelhante ao choque de levar uma bofetada. Normalmente, é aqui que começam as discussões e a gritaria.

Em vez de carregar no botão desligar, um dos truques é entrar no “mundo dele”.

2. Partilhe os momentos de ecrã com o seu filho

Pode parecer um contrassenso, mas o objetivo é construir uma ponte. Pode sentar-se com o seu filho e mostrar interesse no episódio ou jogo dele. Eles adoram quando os pais se interessam pelas suas coisas. Pode fazer perguntas sobre o jogo ou sobre as personagens e ir criando uma ponte entre si e o seu filho. Essa ponte faz com que ele saia do mundo virtual e regresse gradualmente ao mundo real onde os pais existem e estão interessados nas coisas dele. Deste modo, a dopamina não cai abruptamente, mas sim gradualmente, tornando-se mais fácil comunicar com ele e deixando-o mais recetivo a sair do ecrã quando lho pedir.

3. Não veja o ecrã como inimigo

A tecnologia está aqui para ficar e tirar ao seu filho o acesso aos ecrãs, além de não ser a solução, não o deixa tão adaptado ao futuro que o espera na vida adulta. Quando o seu filho crescer, os empregos vão ser muito mais tecnológicos, por isso é bom que ele adquira as competências necessárias junto dos ecrãs.

Em vez de lhe retirar a tecnologia, certifique-se de que ele a usa para aprender ou divertir-se de forma saudável e não como substituto das interações consigo e com o mundo.

4. Use o ecrã para o bem

Em vez de o deixar jogar consola sozinho o dia todo ou passar horas nas redes sociais, convide amigos para sua casa. Até podem jogar consola todos juntos, o que importa é que o seu filho aprenda a comunicar com e sem a presença da tecnologia. Pode usá-la para encurtar distâncias, mas não como requisito obrigatório para socializar.

Ensine-o a utilizar o Google para pesquisar e aprender sobre temas que não sabe. Se forem dúvidas simples, há muitos lugares na internet onde ele as pode tirar.

Use os tutoriais do YouTube para que ele comece a aprender a tocar um instrumento ou outra atividade. Instale-lhe jogos educativos no smartphone para ele aprender inglês ou treinar o raciocínio lógico.

5. Estabeleça regras

É importante criar regras, não só para o seu filho, mas também para toda a família. São mais fáceis de aplicar se os pais também as cumprirem. Se não responder a e-mails de trabalho à mesa e se não olhar para o ecrã enquanto o seu filho fala consigo, vai ser muito mais fácil dar o exemplo e fazer com que ele cumpra a sua parte.

6. Dê-lhe alternativas

Para ele reduzir o tempo no ecrã é preciso que haja alternativas de entretenimento. Redirecione a atenção do seu filho para outras atividades. Em vez de lhe retirar o jogo e dizer “na tua idade eu não tinha televisão e não morria”, diga-lhe “quando acabares o jogo, podíamos ir os dois andar de bicicleta”. Ele vai querer terminar o que está a fazer para poder passar tempo consigo. Partilhe esses momentos com o seu filho e ele ficará muito mais recetivo a outras atividades.

Ler um livro, fazer exercício, passear em lugares novos, jogar às charadas, cartas ou jogos de tabuleiro, tocar um instrumento, praticar um desporto, aprender uma língua, etc. Pode fazer muitas coisas com ele e, a longo prazo, ele vai aprender a fazê-las sozinho em vez de recorrer ao ecrã para ficar entretido e usar as tecnologias de uma forma equilibrada e saudável.

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